quarta-feira, 25 de maio de 2016

INDICADORES DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO INFANTIL PAULISTANA (2ª FASE)

 “Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana”.

O presente documento é fruto de um diálogo intenso e de escuta da Rede Municipal de Ensino em parceria com o Grupo de Trabalho - GT de escrita composto por representantes das 13 Diretorias Regionais de Educação - DREs, Equipes das DIPEDs – Divisões Pedagógicas, Diretores de Escola, Professores, Coordenadores Pedagógicos, Assistentes de Diretor e Supervisores Escolares que acompanham as ações da Educação Infantil.
A articulação do GT de escrita, o diálogo com a Rede por meio dos Seminários (2013, 2014, 2015) e a devolutiva das Unidades Educacionais – UEs após a utilização do instrumento de autoavaliação no ano de 2015, tiveram como objetivo a elaboração conjunta dos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil Paulistana, que se propõem a auxiliar as Unidades de Educação Infantil no cuidadoso olhar sobre suas práticas.

O documento propõe a construção de uma cultura de Autoavaliação Institucional Participativa que contempla o envolvimento de todos os atores que integram as práticas educativas nas Unidades de Educação Infantil: bebês, crianças, suas famílias e responsáveis, docentes, gestoras e gestores, demais educadoras e educadores e a própria Secretaria Municipal de Educação, colaborando para o fortalecimento da gestão democrática e intensificando os diálogos entre as Unidades Educacionais, famílias/responsáveis, comunidade e destas com as DREs e SME.


Essa prática visa provocar a busca de transformações para garantir o direito à Educação Infantil pública de Qualidade Social a todos os bebês e crianças que vivem suas infâncias nas Unidades de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, que se configura hoje como umas das maiores Redes de Educação Pública da América Latina. 

A primeira parte da autoavaliação no CEI Vila Prado aconteceu no dia 29/04/2016, onde os presentes apontaram pontos para discussão coletiva. 

A segunda etapa, visando fazer os encaminhamentos necessários para os problemas colocados, apontados na 1ª etapa, aconteceu no dia de hoje, com as famílias que compareceram no dia 29/04/2016.


Este documento representa, como nos aponta Bondioli (2003), a compreensão de que a Qualidade não é um valor absoluto, não é um produto, não é um dado, mas sim se constrói, através da consciência, da troca de saberes, do confronto construtivo de pontos de vista, do hábito de pactuar e examinar a realidade, da capacidade de cooperar para aspectos da “transformação para melhor”.

É importante ressaltar que embora as dimensões sejam apresentadas e discutidas separadamente por uma questão metodológica, para facilitar o debate e aprofundamento dos temas, todas constituem partes integrantes e indissociáveis de um todo. 

As nove dimensões de qualidade são: 1) Planejamento e gestão educacional; 2) Autoria, participação e escuta de bebês e crianças; 3) Multiplicidade de experiências e linguagens em contextos lúdicos para as infâncias; 4) Interações; 5) Relações étnico/raciais e de gênero; 6) Ambientes educativos: tempos, espaços e materiais; 7) Promoção da saúde e bem-estar: experiências de ser cuidado, cuidar de si, do outro e do mundo; 8) Formação e condições de trabalho dos educadores e das educadoras; 9) Rede de proteção sociocultural: Unidade Educacional, família/responsáveis, comunidade e cidade.