quinta-feira, 13 de março de 2014

HPV NA MIRA : 10 QUESTÕES SOBRE A VACINA

HPV na mira: 10 questões sobre a vacina

A vacina contra HPV que começa a ser aplicada de graça em meninas de 11 a 13 ano. Tire suas dúvidas aqui.
Começa a vacinação contra HPV para meninas entre 11 e 13 anos.
O câncer de colo de útero é um dos mais frequentes entre as brasileiras. Ele fica atrás apenas do câncer de mama e do colorretal (de intestino grosso). E quase todos os casos de câncer de colo de útero são provocados por um vírus transmitido nas relações sexuais, o papiloma vírus humano (HPV). Segundo as estatísticas, a cada 100 pessoas, 80 já tiveram, têm ou terão contato com algum tipo de HPV. Proteger as mulheres dessa infecção é muito importante. A partir de hoje (10 de março), todas as meninas que têm entre 11 e 13 anos poderão receber, gratuitamente, a primeira dose da vacina que imuniza contra os principais tipos do vírus. Tire aqui suas dúvidas sobre o assunto.

10 questões que toda mãe precisa saber:

1 - A vacina protege totalmente?
Existem mais de 100 tipos de HPV. A vacina oferecida na rede pública é a quadrivalente, que protege contra quatro tipos (6, 11, 16 e 18), os mais comuns. Os tipos 6 e 11 provocam verrugas, enquanto o 16 e o 18 são responsáveis por 70 % dos casos de câncer de colo de útero.

2 - A proteção dura quanto tempo?
Pelo menos dez anos, contando a partir da última dose. Acredita-se que essa cobertura possa ser maior.

3 - A vacina é segura?
Sim. Em todo o mundo, já foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses dessa vacina. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta sua segurança, mas ela pode provocar reações leves, como dor de cabeça, náusea e febre baixa.

4- Quem tem direito à vacina gratuita?
Este ano, passam a ter direito as meninas de 11 a 13 anos de idade. A partir de 2015, o governo promete ampliar a cobertura e incluir as garotas de 9 a 10 anos na campanha nacional.

5 - Quantas doses serão dadas pelo governo?
Três doses. A segunda deve ser tomada seis meses depois da primeira. E a terceira, cinco anos depois da primeira.

6 - Por que apenas meninas de 11 a 13 anos receberão a vacina de graça?
O governo escolheu essa faixa etária baseado em alguns critérios. Estudos mostram que a vacina é mais eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual. Imunizando essa parcela da população, a tendência é reduzir o número de pessoas infectadas nas próximas décadas. Assim, toda a população será beneficiada. Mas, mesmo que a adolescente já tenha vida sexual, ela deve ser vacinada.

7- Onde devo levar minha filha para ser vacinada?
A vacina estará disponível em qualquer posto de saúde do país. Nem todos os municípios terão as doses no dia 10 de março. Em algumas localidades, a vacina pode demorar um pouco para chegar. Leve o documento de identificação e a carteira de vacinação da adolescente.

8 - Haverá vacinação nas escolas?
Para garantir que todas as meninas de 11 a 13 anos recebam a vacina, o governo decidiu imunizá-las também nas escolas públicas e privadas. Porém, para que isso aconteça, a escola precisa firmar uma parceria com a Secretaria de Saúde do município. Portanto, não é certeza que na escola da sua filha haverá vacinação.

9 - Preciso autorizar a vacinação na escola?
As escolas participantes enviarão um comunicado aos pais sobre a vacinação. Aqueles que concordarem deverão mandar a carteirinha de vacinação da filha. Se não desejarem que a adolescente seja imunizada, precisarão assinar e devolver um termo de recusa. Entretanto, o Ministério da Saúde lembra que o acesso à vacinação é um direito garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.

10 - Não converso sobre sexo com minha filha. Como explicar para que serve a vacina do HPV?
Você pode dizer que a vacina irá protegê-la no futuro, quando ela for adulta. Mas, sem dúvida, sua filha aprenderá bastante sobre o assunto na escola e pelos meios de comunicação. O governo pretende fazer uma grande campanha sobre a importância da vacinação. Haverá aulas sobre HPV nas escolas e distribuição de cartilhas. Além disso, informações serão veiculadas em revistas, no rádio, na TV e nas redes sociais.


Fonte : Revista Ana Maria . Edição 908, de 07/03/2014