“Indicadores de
Qualidade da Educação Infantil Paulistana”.
O presente documento é fruto de um diálogo intenso e de
escuta da Rede Municipal de Ensino em parceria com o Grupo de Trabalho - GT de
escrita composto por representantes das 13 Diretorias Regionais de Educação -
DREs, Equipes das DIPEDs – Divisões Pedagógicas, Diretores de Escola,
Professores, Coordenadores Pedagógicos, Assistentes de Diretor e Supervisores
Escolares que acompanham as ações da Educação Infantil.
A articulação do GT de escrita, o diálogo com a Rede por meio
dos Seminários (2013, 2014, 2015) e a devolutiva das Unidades Educacionais –
UEs após a utilização do instrumento de autoavaliação no ano de 2015, tiveram
como objetivo a elaboração conjunta dos Indicadores de Qualidade da Educação
Infantil Paulistana, que se propõem a auxiliar as Unidades de Educação Infantil
no cuidadoso olhar sobre suas práticas.
O documento propõe a construção de uma cultura de
Autoavaliação Institucional Participativa que contempla o envolvimento de todos
os atores que integram as práticas educativas nas Unidades de Educação
Infantil: bebês, crianças, suas famílias e responsáveis, docentes, gestoras e
gestores, demais educadoras e educadores e a própria Secretaria Municipal de
Educação, colaborando para o fortalecimento da gestão democrática e
intensificando os diálogos entre as Unidades Educacionais,
famílias/responsáveis, comunidade e destas com as DREs e SME.
Essa prática visa provocar a busca de transformações para
garantir o direito à Educação Infantil pública de Qualidade Social a todos os
bebês e crianças que vivem suas infâncias nas Unidades de Educação Infantil da
Rede Municipal de Ensino de São Paulo, que se configura hoje como umas das
maiores Redes de Educação Pública da América Latina.
A primeira parte da autoavaliação no CEI Vila Prado aconteceu no dia 29/04/2016, onde os presentes apontaram pontos para discussão coletiva.
A segunda etapa, visando fazer os encaminhamentos necessários para os problemas colocados, apontados na 1ª etapa, aconteceu no dia de hoje, com as famílias que compareceram no dia 29/04/2016.
Este documento representa, como nos aponta Bondioli
(2003), a compreensão de que a Qualidade não é um valor absoluto, não é um
produto, não é um dado, mas sim se constrói, através da consciência, da troca
de saberes, do confronto construtivo de pontos de vista, do hábito de pactuar e
examinar a realidade, da capacidade de cooperar para aspectos da “transformação
para melhor”.
É importante ressaltar
que embora as dimensões sejam apresentadas e discutidas separadamente por uma
questão metodológica, para facilitar o debate e aprofundamento dos temas, todas
constituem partes integrantes e indissociáveis de um todo.
As nove dimensões de
qualidade são: 1) Planejamento e gestão educacional; 2) Autoria, participação e
escuta de bebês e crianças; 3) Multiplicidade de experiências e linguagens em
contextos lúdicos para as infâncias; 4) Interações; 5) Relações étnico/raciais
e de gênero; 6) Ambientes educativos: tempos, espaços e materiais; 7) Promoção
da saúde e bem-estar: experiências de ser cuidado, cuidar de si, do outro e do
mundo; 8) Formação e condições de trabalho dos educadores e das educadoras; 9)
Rede de proteção sociocultural: Unidade Educacional, família/responsáveis,
comunidade e cidade.